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sábado, 26 de março de 2011

Regeneração — O Novo Nascimento


Por Rev. G. Hamstra


Jesus respondeu, e disse-lhe:
Na verdade, na verdade te digo
que aquele que não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus. João 3.3

Há muitos reinos nesta terra, mas há somente um reino de Deus. Em nosso texto, o reino de Deus deve ser entendido como o reino de Deus em contraste com o reino de Satã. O contraste é impressivo. O reino de Deus é o reino da retidão, da alegria e da paz. O reino de Satã é o reino da escuridão, do pecado e da desesperança.
Esta distinção nos interessa a todos, porque ou pertencemos ao reino de Deus e estamos no mais abençoado relacionamento com nosso Criador, ou pertencemos ao reino de Satã e estamos alienados de nosso Criador e, por causa do pecado e da descrença, Sua ira e aborrecimento ainda permanecem sobre nós.
Nas palavras de nosso texto, o Senhor Jesus Cristo fala sobre uma única maneira pela qual alguém pode se tornar um cidadão daquele glorioso reino de luz e liberdade. A bondade do Senhor é grande, tanto que nos deu o precioso conhecimento da única maneira eficaz de entrar em Seu reino, que é através da regeneração ou do novo nascimento.
Esta verdade pode ser conhecida, mas poucos realmente entendem seu significado e percebem a importância de terem-na no coração. Vamos considerar esta grande verdade enquanto formulamos e respondemos algumas questões básicas. [acima]
A necessidade do novo nascimento
Primeiramente, por que é necessária uma mudança tão grande e radical para entrar no reino de Deus?
A necessidade desta mudança significativa aponta para a terrível condição do homem natural. Muitos negligenciam o sério caráter deste ponto e se refugiam numa mudança menos radical, feita pelo homem. Porém – que infelicidade! – ela não ocorrerá! Precisamos ter uma visão verdadeira e realista da profundanecessidade do homem.
Em Gênesis 1 aprendemos que o homem foi criado à imagem de Deus, de forma que era dotado de conhecimento, retidão e santidade. Em Gênesis 3, lemos como o homem perdeu o que possuía e usufruía no Jardim do Éden. Ele não está mais num estado de amizade e comunhão com seu Criador. Na Queda, o homem perdeu essa característica abençoada.
De acordo com a Palavra de Deus, o coração do homem, agora, é enganoso sobre todas as coisas e desesperadamente corrupto. A mente carnal é inimiga de Deus. Isto é verdade a respeito de todos os membros da raça decaída de Adão, a menos que, pelo novo nascimento, ele ou ela entrem na luz do reino de Deus.
O pecado é tão radical em seu caráter que o coração inteiro é corrupto e se rebela contra Deus! Nunca o homem será capaz de alterar esta situação. Mais uma vez, aqui está o testemunho da Escritura: “Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal” (Jeremias 13.23).
É impossível para o homem corrigir e purificar seu próprio coração pecador. É absolutamente necessário perceber esta verdade humilhante.
Para que o homem veja e entre no reino de Deus, o próprio Deus precisa intervir sobrenaturalmente na situação humana. Somente Ele é capaz de realizar essa tão necessária mudança. Esta é a grande verdade que Cristo estabelece em nosso texto:
 o que é impossível ao homem, é possível para Deus. Jamais poderemos apreciar demasiadamente esta verdade tão importante. Ela é indispensável para a salvação. [acima]
A natureza do novo nascimento
A segunda questão que devemos levantar e tentar responder é: qual é a natureza desta mudança significativa? É ser nascido do alto. Este novo nascimento tem sua origem no céu. Ser nascido do alto é ser nascido de Deus. A linguagem figurativa, aqui, ilustra a natureza do novo nascimento. Quando nasce um bebê, ele é totalmente passivo no processo do nascimento. Assim é a regeneração. Nem mesmo a menor parte é obra do homem. É exclusiva e totalmente obra de Deus. Toda a glória pertence a Ele.
Cristo interpreta no contexto: é “nascer da água e do Espírito”. A água refere-se à grande obra de limpeza do coração, a lavagem da regeneração. “E do Espírito” – esta regeneração é a do Espírito Santo.
Esta obra graciosa de Deus é muito mais excelente que qualquer empreendimento humano. É a maravilha do evangelho, que Deus desceu à mais baixa depravação das iniquidades humanas com a graça da purificação. Deus Espírito Santo cria um coração limpo e renova um espírito reto.
O Senhor executa uma obra radical e total nos corações dos que são objeto de Sua graça. Não é uma parte do coração humano que é renovado, é o coração inteiro que fica envolvido nesse propósito de renovação. Há uma transformação completa. Se um homem é nascido de Deus, ele é uma nova criatura. Esta obra de purificação é obra da eficaz graça de Deus. [acima]
O Autor do novo nascimento
Em terceiro lugar, deve-se perguntar: Quem é esta grande e abençoada Pessoa que renova e purifica o coração?
O Autor desta obra é o próprio Deus e, mais especificamente, Deus Espírito Santo. Somente Ele renova o coração humano de acordo com Sua soberana boa vontade. Depois que Cristo adquiriu a redenção, o Espírito de graça e de súplicas foi derramado. É este o Espírito que renova o coração.
Somente Ele é qualificado para realizar esta grande obra. Não há coração tão endurecido que o Espírito Santo não possa quebrar, nenhum tão orgulhoso que Ele não possa humilhar, nenhum tão iníquo que Ele não possa tornar santo. O Espírito Santo demonstra grande beleza na natureza, mas tão maior é a maravilha de Sua extraordinária graça quando Ele renova e santifica um coração depravado.
Que o Senhor abra os olhos de muitos para que percebam esta grande verdade que testifica tanto a necessidade do homem como o grande poder de Deus de supri-la! [acima]
O efeito do novo nascimento
Quarto: Qual é o efeito ou resultado do novo nascimento?
É este: um coração renovado pela graça de Deus, habitado, controlado e dirigido pelo mesmo Espírito que o renovou. O pecador – pela natureza morto em pecados e ofensas – ressuscitou em Cristo Jesus. Tornou-se pobre de espírito, lamenta pelo pecado e tem fome e sede de justiça. Uma vez ele pertenceu ao reino de Satã mas, pela graça, tornou-se um cidadão do reino de Deus. Agora ele se alegra no clemente amor de Deus. Seu coração clama pelo Deus vivo, por Sua graça em Cristo. Ele anda nos caminhos de Deus a ama Seus mandamentos. [acima]
Conclusão
A entrada no reino de Deus se dá exclusivamente pelo novo nascimento. Quão apropriada, então, em conclusão, é a pergunta: Já experimentamos esta graça regeneradora de Deus?
Se, pela graça, já experimentamos esse abençoado poder purificador, podemos nos regozijar com temor e tremor naquEle que Se lembrou de nós em nossa condição mais baixa e nos alçou com as cordas de Seu amor, transportando-nos do reino de trevas para o reino de Sua maravilhosa luz. Vivamos, então, para Sua glória e louvor!
Porém, se você nunca percebeu a necessidade e valor desta mudança salvadora, quão necessário é, então, refletir seriamente sobre seu destino eterno e não adiar este assunto tão importante! Sem este nascimento do alto não pode haver comunhão e amizade com seu Criador nesta vida aqui e, isto é muito pior, nenhuma comunhão com Ele na eternidade. Sem o novo nascimento, uma eternidade de aflição será sua herança.
Nosso papel é passivo na regeneração, mas não devemos ser passivos ou descuidados e indiferentes sobre uma eternidade de bênção ou de aflição! Não devemos descansar até que, pela graça, saibamos que Deus realizou esta grande obra de purificação em nossos corações.
Esta verdade terrível deve ainda permanecer:
O pecador precisa NASCER DE NOVO
ou submergirá a uma angústia sem fim.
 1 [acima]
Nota de Fim
1. Citado por Octavius Winslow em From Grace to Glory (Da Graça à Glória).

Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil


Declaração Doutrinária das Sagradas Escrituras



Estamos no Brasil desde 1968, sempre bem identificados com a Trinitarian Bible Society, fundada em 1831 que foi a primeira entidade estrangeira a editar a Bíblia em português. A sua primeira edição data de 1847. A partir daquela ocasião houve a preocupação de manter sempre a distribuição da Bíblia em português.

 

Prefácio - As confissões doutrinárias da Reforma, tais como a de Westminster (1647), de Savoy (1658) e a confissão Batista de Londres (1689) afirmam, com relação às Escrituras, que: "O Antigo Testamento em hebraico (que, nos tempos antigos, foi a língua materna do povo de Deus) e o Novo Testamento em grego (que, no tempo em que foi escrito, era a língua mais conhecida entre as nações), sendo imediatamente inspirados por Deus e por seu singular cuidado e providência, mantiveram-se puros em todas as eras e, portanto, autênticos... (CFW 1:8)". A Sociedade concorda integralmente com esse pensamento, crendo que isto resume, com precisão, a seguinte doutrina:
1. Somente as Sagradas Escrituras, auto-interpretantes, são competentes para definirem-se a si próprias. O testemunho das Escrituras sobre si mesmas pode ser resumido brevemente nas seguintes proposições:
(1). A Bíblia é a revelação escrita de Deus para a humanidade (Êxodo 24.3,4; Salmo 119.140; Mateus 4.4).
(2). Através do processo de interpretação (que significa ser "soprado por Deus"), um poder sobrenatural foi exercido pelo Espírito Santo sobre certos homens escolhidos, governando-os e dirigindo-os para escreverem as próprias Palavras de Deus, sem qualquer contaminação de erro (1 Coríntios 2.13, 2 Timóteo 3.16,17; 2 Pedro 1.21). Isso não significa negar que cada um dos escritores bíblicos tivesse um estilo e vocabulário próprios , mas significa afirmar que a superintendência divina era de tal forma que o produto final (sendo de inspiração verbal e plena) foi a própria Palavra de Deus e, como tal, a verdade pura e absoluta (Romanos 3.2; 1 Coríntios 14.37).
(3). O poder sobrenatural envolvido no processo de inspiração e o resultado dessa inspiração foram exercidos somente na produção original dos sessenta e seis livros canônicos da Bíblia (2 Pedro 1:20, 21; 2 Pedro 3.15, 16).
(4). Em conformidade com os propósitos de Deus, com Suas promessas e sob Seu comando, cópias fiéis e precisas foram feitas (Deuteronômio 17.18, Provérbios 25.1); e, através do cuidado providencial de Deus, Sua Palavra foi preservada em todas as gerações (Salmo 119.15, Mateus 5.18, 24.35; Lucas 16.17; 1 Pedro 1.25). O povo que se denomina povo de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, foi indicado como guardião de Sua Palavra (Salmo 147.19, 20; Romanos 3.2; Colossenses 4.16 e 1 Tessalonicenses 5.27).
(5). O Senhor Jesus Cristo e Seus apóstolos receberam o texto do Antigo Testamento, preservado no hebraico comum, como as Escrituras (Lucas 4.16, 19, 21; 2 Timóteo 3.16). Isso serve como nosso modelo para aceitarmos o histórico Texto Recebido (Textus Receptus) do Novo Testamento em grego também como as Escrituras (1 Timóteo 5.1; Lucas 10.7; 2 Pedro 3.15,16).
(6). Estes textos das Escrituras (Nota 1), refletem as qualidades das Escrituras sopradas por Deus, incluindo a autenticidade, a santidade, a pureza, a verdade, a infalibilidade, a confiabilidade, a excelência, a auto-autenticidade,a necessidade, a suficiência, a perspicácia, a auto-interpretação, a autoridade e a inerrância (Salmo 19. 7,9; Salmo 119). Conseqüentemente, devem ser recebidas como a Palavra de Deus (Esdras 7.14; Neemias 8.8, Daniel 9.2; 2 Pedro 1.19), e a leitura correta em qualquer ponto deve ser procurada dentro destes textos (Nota 2).
(7). Da mesma forma, as traduções das línguas originais devem ser consideradas como a Palavra de Deus escrita, à medida que sejam traduções precisas de acordo com a forma e o conteúdo dos Originais. Atos 8.32, 33; 15.14,18; Romanos 15.8,12, contêm citações do Antigo Testamento traduzidas para o grego e, ainda assim, são consideradas como tendo o status de Palavra de Deus pelo Espírito Santo, conforme indicado pelo uso das expressões "Escrituras" e "está escrito". As variações encontradas nestas e em outras citações no Novo Testamento têm uma garantia divina (Nota 3). Para se alcançar a necessária precisão na tradução, o método a ser seguido deve ser o da equivalência formal ao invés da equivalência dinâmica. A tradução deve refletir tanto a forma quanto o conteúdo dos Originais, sendo o mais literal possível e apenas tão livre quanto necessário; isto é, ao traduzir as palavras deve-se seguir o conteúdo proposicional e a organização textual dos Originais, da melhor forma possível, libertando-se da invenção humana, da adição ou subtração textual, a não ser quando necessária.
Nota 1. A Sociedade Bíblica Trinitariana mantém que o verdadeiro texto providencialmente preservado como autêntico é o encontrado no Texto Massorético, em hebraico, e no Texto Recebido (Textus Receptus), em grego. Assim fazendo, ela segue a histórica posição Protestante ortodoxa, reconhecendo como as Sagradas Escrituras os textos hebraico e grego consistemente acessíveis e preservados em meio ao povo de Deus de todas as idades. Esses textos têm permanecido em uso comum em diferentes partes do mundo, por mais de quinze séculos, e representam fielmente os textos usados nos tempos do novo Testamento.
Nota 2. Erros, omissões e adições em manuscritos particulares não incidem sobre a quantidade das Escrituras, incluindo o fato da inerrância, porque os erros de fato não fazem parte das Escrituras inerrantes.
Nota 3. As traduções feitas desde os tempos do Novo Testamento usam palavras escolhidas por homens não-inspirados para traduzirem as palavras de Deus. Por essa razão, nenhuma tradução da Palavra de Deus terá o status de ser final e definitiva. O apelo final deverá sempre ser em direção às línguas originais dos textos originais (hebraico e grego) (como definido na nota 1).
2. Como já foi afirmado acima, o Senhor Jesus endossou o padrão e a preservação do Antigo Testamento, em Seus dias, como "a Escritura" (Lucas 4.17, 21), considerando-a como confiável em cada palavra em particular e incapaz de ser "rompida" ("desligado" ou "desatada") porque é pura, não corrompida e, portanto, absolutamente confiável (João 10.34-36). Historicamente, por muitos séculos, a Igreja, de forma acertada e necessária, considerou os manuscritos reconhecidos do Antigo Testamento hebraico e do Novo Testamento grego como a palavra verbalmente inspirada de Deus, escrita, e completa nos sessenta e seis livros canônicos.
3. A constituição da Trinitarian Bible Society (Sociedade Bíblica Trinitariana) especifica as famílias textuais que serão empregadas nas traduções que circula. O Texto Massorético no hebraico (Nota 1) e o Textus Receptus no grego (Nota 2) são os textos que a constituição da Trinitarian Bible Society (Sociedade Bíblica Trinitariana) reconhece como sendo preservados pela providência especial de Deus dentro do judaísmo e do cristianismo. Portanto, estes textos são definitivos e o ponto final de referência de todo o trabalho da Sociedade.
Nota 1. A sociedade aceita como a melhor edição do texto hebraico Massorético aquele preparado em 1524-25 por Jacob ben Chayyim e conhecido, por causa de seu editor David Bomberg, como o texto de Bomberg. Esse é o texto base do Antigo Testamento na Versão Autorizada em inglês.
Nota 2. O Textus Receptus grego é o nome de um grupo de textos impressos, o primeiro dos quais foi publicado por Desidério Erasmo, em 1516. A Sociedade utiliza para a finalidade de tradução o texto reconstruído por F.H.A. Scrivener, em 1894.
4. Como o escopo da Constituição da Sociedade não considera as variações menores entre as edições impressas do Textus Receptus, isso necessariamente exclui a Sociedade de empenhar-se em alterar ou corrigir o Texto Massorético em hebraico e o Textus Receptus em grego com base em outros textos hebraicos ou gregos. A política editorial e a prática deverão observar esses parâmetros.
5. Com relação à "promoção e edição de novas traduções e a seleção de versões em línguas estrangeiras" a Constituição da Sociedade afirma: "O objetivo deverá ser o de produzir ou selecionar versões cuja base textual estiver o mais próximo possível do Texto Massorético em hebraico e do Textus Receptus em grego, que são as bases da Versão Autorizada em inglês e das traduções de padrão comparável em outras línguas européias do tempo da Reforma Protestante." A política editorial e a prática deverão buscar esse objetivo.
Aprovado pelo Comitê Geral
em sua reunião acontecida no dia 17 de janeiro de 2005,
revisado em 25 de fevereiro, 2005
e inclui emendas aprovadas pelo Comitê Geral
em sua reunião de 21 de Novembro de 2005
.

Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil


Nossa Existência no Brasil

Nosso Objetivo

A sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil tem como objetivo principal distribuir a Palavra de Deus, em todo mundo, mas sempre com o cuidado de que seja a versão mais fiel possível aos textos originais, Massorético, no Velho Testamento e, Textus Receptus, no Novo Testamento, pois, esses dois textos, foram os mais usados pelos reformadores a partir do século XVI, período em que surgiram as bíblias identificadas como do povo realmente evangélico.

Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil

A Necessidade de Traduções Dignas de Confiança
Havendo a necessidade de um claro testemunho, e com isso sem   
comprometer a autoridade da Sagradas Escrituras e a sua inspiração, a     Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil tem por alvo prioritário preservar a 
pureza da Palavra, no que tange à sua tradução, e também promover a 
produção e a distribuição de traduções dignas de confiança.

Ao dizer dignas de confiança, queremos dizer, "Traduções da Bíblia em todas as línguas baseadas nas línguas originais da Bíblia, isto é, do Velho Testamento usando o Texto Massorético, e do Novo Testamento usando o texto grego conhecido como Textus Receptus. Este texto é conhecido comoTexto Tradicional, por ser o texto tradicionalmente aceito, e é também conhecido como o Texto Majoritário, por estar de acordo com mais de noventa e oito por cento (98%) de todos os manuscritos que existem!
O texto Massorético já estava em uso comum mesmo no tempo de Jesus, e foi padronizado pelos massoretas (escribas judaicos). Agora, foi entre o quinto e sexto século que os massoretas introduziram as vogais na língua. Na antiguidade, o texto hebraico foi cuidadosamente guardado pelas sagradas leis dos escribas, através do Talmude e houve regras acerca do tipo de peles que poderiam ser usadas, o tamanho das colunas, e somente tintas especiais poderiam ser usadas, e também os espaços entre letras e palavras foram especificados. O escriba não poderia escrever nada de memória. As linhas, e até as letras, sempre foram contadas. Tudo isto, e muito mais, foi feito para evitar quaisquer tipo de erro. Se um manuscrito apresentasse erros calígrafos, eles seriam obrigados a destruí-lo.
A descoberta dos rolos do Mar Morto só confirmam a existência e a confiabilidade do texto hebraico Massorético.
Ao chegar no Novo Testamento e no Textus Receptus, chegamos também na área mais polêmica, pois além do Textus Receptus existem também vários outros textos.
Desde o ministério de Cristo até mais ou menos o ano 100 d.C., os manuscritos originais do Novo Testamento foram escritos na língua grega, chegando ao ano 400 d.C. o Novo Testamento foi compilado. Foi assim que no ano 160 d.C., que vinte livros do Novo Testamento já haviam sido aceitos entre os cristãos, e até o ano 400 d.C. os 27 livros que compõe o Novo Testamento já eram reconhecidos como canônicos.
O Espírito Santo guiou homens a escolherem somente livros genuínos e guiou-os também na seleção de manuscritos puros. Os livros e manuscritos falsos foram rejeitados.
Com o passar do tempo, e com o manuseio destes manuscritos originais, ou seja, o constante uso para leitura e para fazer cópias, fizeram com que estes manuscritos originais se perdessem. Com todo este uso foram perdidos também as primeiras gerações de cópias, mas, são cópias destas que hoje podemos comparar e saber que possuímos cópias fiéis dos manuscritos originais.

Durante o período Bizantino nos anos 312 - 1453 d.C., o Textus Receptus foi usado pela Igreja Grega. Por isso o texto é também conhecido como o Texto Bizantino. Podemos ver como o Espírito Santo guiou-os na preservação e no uso deste texto. Veio deste mesmo texto, a Peshita, a Itálica, a Céltica, a Gaulesa, e a Bíblia Gótica. Na idade média as versões dos Waldenses, dos Albigenses e outras versões, foram suprimidas por Roma.
No ano 1516, Desidério Erasmo editou a primeira impressão do Novo Testamento Grego. Esse texto estava de acordo com o Textus Receptus. No ano de 1522, Martinho Lutero completou a sua tradução do Novo Testamento alemão. Quatro anos depois na Alemanha, o inglês William Tyndale, completou a sua tradução do Novo Testamento em inglês. Estes dois homens usaram o Textus Receptus.
Dez anos mais tarde, William Tyndale foi morto, sendo colocado numa estaca e queimado vivo tornando-se um mártir. Tudo isto só porque ele havia imprimido a Bíblia na versão inglesa.
Em 1546, 1549, 1550, e 1551, o novo Testamento grego de Robert Stephens foi publicado em Paris. A edição de 1551 conhecida como a Editio Regia (Edição Real), seguiu o texto das edições de 1527 e 1535 de Erasmo.
Teodoro Beza, publicou em Genebra, quatro edições em fólios do texto grego de Stephens com algumas pequenas mudanças e com uma tradução dele no latim nos anos 1565, 1582, 1588, e 1598. Ele publicou várias outras edições, mas é particularmente a sua edição de 1598 e as duas últimas edições de Stephens, que foram usadas principalmente na Versão Autorizada de 1611, e para a versão João Ferreira de Almeida, de 1681.
Foi Boaventura e Abraão Elzevir, sócios de uma publicadora, que publicaram edições do texto grego em Leyden em 1624, 1633, e 1641 seguindo a edição de 1565 de Beza. No prefácio da edição de 1633 foi escrito Textum ergo habes, nunc ab omnibus receptum... foi assim que surgiu o nome Textus Receptus a esta forma de texto. É este texto que se tornou a base para Versão Autorizada e também a tradução Statemvertaling de 1637 da Holanda, e todas as versões protestantes do período da Reforma na Século XVI.
As edições de Stephens, Beza e os dois Elzevir, estes todos apresentam substancialmente o mesmo texto, ou seja, o Textus Receptus.
Em 1611 a Versão Autorizada da Bíblia foi traduzida do Textus Receptus no Novo Testamento e do Texto Massorético hebraico no Velho Testamento. A história da Versão Autorizada é muito interessante. Em 1604 o Rei James I da Inglaterra autorizou um comitê de aproximadamente 50 sábios com ótimos conhecimentos nas duas línguas, a saber, o grego e o hebraico, para preparar uma revisão das traduções no inglês mais antigo. Foi a beleza e a graça desta tradução que estabeleceram a King James Version ou Autorized Version como um dos maiores tesouros de língua inglesa.
Foi neste período que a Bíblia Genebra foi produzida, e também a Bíblia francesa por Olivetan. No ano de 1681, João Ferreira de Almeida completou sua tradução do Novo Testamento na língua portuguesa, também baseada no Textus Receptus. Em 1741 ele faleceu sem haver concluído a tradução do Velho Testamento. Contudo, esta tem sido a mais popular versão já traduzida na língua portuguesa. Muitas vezes esta tradução tem sido comparada com a Versão Autorizada em Inglês.
O texto de João Ferreira de Almeida foi revisado e reimpresso em 1693 e em 1711. Desde as mudanças ortográficas da língua portuguesa em 1946, saíram várias novas edições e por isto nós conhecemos as versões Corrigida, Revisada & Corrigida, Revista & Atualizada, e outros.
Recentemente surgiram novas versões. Estas versões quando comparadas com as antigas edições (e até certas destas edições), notamos com surpresas que há muitas mudanças. Elas estão omitindo ou alterando radicalmente passagens das Escrituras. A razão básica de tais mudanças nas recentes edições da tradução de João Ferreira de Almeida, e das traduções modernas, é que novos textos gregos estão sendo usados. Quase todos (se não todos) os Seminários aqui no Brasil estão usando nas suas aulas da língua grega, o texto Nestlé-Aland, e mais recentemente o texto grego das Sociedades Bíblicas Unidas. Nossos alunos estão lendo as suas Bíblias com a tradução de João Ferreira de Almeida baseado noTextus Receptus, mas nas suas aulas eles estão estudando a língua grega usando outro texto grego!
Torna-se necessário perguntar se a nova ou a velha tradução tem mais atestação nos manuscritos. Agora, com todas as modernas versões e com todas as diferenças entre elas, podemos nos tornar confusos.
Chegamos então à hora de perguntar: "O que está errado com o texto que está por baixo das versões modernas?" Para se ver isto, temos que estudar a cronologia destes outros textos. Foi assim, que enquanto os verdadeiros livros do Novo Testamento estavam sendo escritos, certos falsos profetas também estavam escrevendo evangelhos corruptos e outros livros.
Paulo menciona isto em II Coríntios 2:17, "Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da Palavra de Deus...."
Sob a direção do Espírito Santo, estes manuscritos falsos ou corrompidos foram rejeitados e não foram reconhecidos com o Textus Receptus.
Em 331 d.c., o Imperador Constantino ordenou que se escrevesse uma Bíblia "ecumênica", e que a mesma fosse aceita por todo tipo de cristãos sob sua jurisdição. Então um certo homem chamado Eusébio foi designado para dirigir está obra. Um fato interessante é que Eusébio era seguidor de Orígenes, o qual rejeitava a deidade de Cristo. Ele alegava que Cristo era meramente um ser humano, e então criado.
Os "Testemunhas de Jeová" hoje alegam a mesma heresia. Esse erro chama-se: a heresia de Ariano.
Em 1481 um manuscrito foi descoberto na Biblioteca Vaticana. Tal manuscrito chama se: Vaticano ou Códice B, trata-se de um manuscrito corrupto que repetidamente joga fora a Deidade de Cristo. Reflete então sobre o Arianismo de Orígenes em que alguns pensam que este pode ser um dos manuscritos que sobreviveu, e que fora feito por Eusébio designado pelo Imperador Constantino. Será que é só coincidência que sua data coincida com a da "Bíblia Ecumênica" de Constantino?
Em 1844 o manuscrito Sinaítico foi descoberto no Mosteiro de Santa Catarina no monte Sinai. Este texto tem por nome Códice Sinaítico, e também é conhecido pela primeira letra do alfabeto hebraico "?" (Álef), sendo identificado também como um manuscrito que concorda com o Vaticano e minimiza a Deidade de Cristo, e a sua natureza é Ariana.
Alguns sugeriram que este texto está ligado a Bíblia que fora feita para o Imperador Constantino.
Em 1881 o texto grego "Wescott e Hort" foi introduzido ele aparta-se do Textus Receptus para seguir os corruptos textos, Vaticano e Sinaítico. É interessante que com 23 anos, Fenton John Anthony Hort mostrou sua determinação em depor o que ele chamava "aquele vil Textus Receptus". Foi só no ano seguinte que ele e Brooke Foss Wescott começaram então o plano de revisar o texto grego. Demorou 28 anos, mas seu texto saiu.
Para conseguir este alvo, eles tinham que desacreditar no Textus Receptus. A maior parte das pessoas estudadas em todos os aspectos da cristandade, sabendo ou não, tem promovido o texto de Wescott & Hort desde então.
A Bíblia dos "Testemunhas de Jeová" chamada a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas foi traduzida do texto de Wescott & Hort. Sua amizade com este texto grego não é surpreendente. Eles também rejeitam a Deidade de Cristo e ganham força por este texto grego não é surpreendente. Eles também rejeitam a Deidade de Cristo e ganham força por este texto corrupto. Na página introdutória diz: "Tradução da versão inglesa de 1961 mediante consulta constante ao antigo texto hebraico, aramaico e grego". Pela maior parte, se não por todas, as traduções modernas da Bíblia fazem a mesma coisa, pois seguem a trilha dos piores manuscritos existentes. O Textus Receptus é desprezado, e mesmo que não fosse desprezado, as escolas ainda assim, tem usado algum outro texto grego, e não o Textus Receptus.
Não é necessário falar sobre a Bíblia na Linguagem de Hoje. O nosso irmão Dr. Leonard Meznar tem escrito muito acerca deste livro perigoso na série de artigos do jornal O Presbiteriano Bíblico chamado, " A Bíblia na Linguagem de Hoje: Um livro Anticristão." Basta observarmos nas Escrituras o versículo de I Pedro 2:2 na Bíblia Corrigida. Pois declara: "Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo. "O sentido deste versículo é bem claro. Aqueles que tem sido nascidos de novo (por ter recebido o Senhor Jesus) devem alimentar-se da Palavra de Deus para então desenvolver-se na graça de Cristo e na vida cristã. Este crescimento não tem nada a ver com a salvação inicial. Em primeiro lugar vem a salvação, e em seguida, o crescimento espiritual do crente. Note bem que a Bíblia na Linguagem de Hoje abre a porta para uma salvação gradual, ou seja, uma salvação através das obras.
"Sejam como criancinhas recém-nascidas, desejando sempre o puro leite espiritual, para que, bebendo dele, cresçam e sejam salvos."
Concluindo, gostaria de apresentar uma advertência: João Ferreira de Almeida usou o Textus Receptus para fazer sua tradução, mas pouco a pouco com as novas edições, este texto vem sendo corrompido pelas editoras brasileiras, onde elas estão atacando a Pessoa de Jesus Cristo por omitirem os títulos referente ao Senhor Jesus Cristo tais quais: "Cristo", "Senhor", e "Sangue" como é mostrado na passagem de Colossenses 1:14. Certos versículos estão omitidos, e outros estão colocados entre colchetes com uma explicação que gera dúvidas acerca de sua autenticação e autoridade.
Como isto está sendo feito? Eles tem tomado esta tradução baseado no Textus Receptus, e estão usando estes outros textos gregos como textos de maior autoridade e até dizem que usam textos "melhores" e mais "antigos".
Dou graças a Deus pela salvação que ele me tem dado, e pela preservação providencial de Sua Palavra escrita, onde confiadamente podemos fazer uso da mesma para nosso crescimento espiritual. Podemos agradecer a Deus por termos um texto completamente fiel que passa de geração a geração.
Pr. Robert Gerald Kilko
Discurso feito na inauguração das novas instalações da
Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil em 25/05/1991.


segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

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